A Neurologia
A Neurologia é a especialidade da medicina que estuda e trata dos problemas do sistema nervoso, o que inclui o encéfalo (que compreende o cérebro, o cerebelo e o tronco cerebral), a medula espinhal, as raízes e os nervos. As doenças dos músculos e da comunicação entre os nervos e os músculos também fazem parte do campo da Neurologia.
Uma confusão bastante frequente é achar que o neurologista trata de problemas “de nervos” no sentido de “nervosismo”. O “nervosismo”, a ansiedade, o “stress”, as preocupações, angústias, medos, etc., fazem parte do campo da “mente”, estudado pela Psicologia e pela Psiquiatria. Essa divisão, no entanto, não é tão bem definida, e algumas doenças são tratadas tanto pela Neurologia quanto pela Psiquiatria (como, por exemplo, as demências - grupo que inclui a Doença de Alzheimer).
Ainda assim, há muito preconceito contra a Psiquiatria, e problemas tipicamente psiquiátricos têm sido cada vez mais encaminhados aos neurologistas, que geralmente não têm treinamento ou estudo suficiente na área para lidar de modo adequado com problemas como o Transtorno Depressivo Maior, os Transtorfnos Bipolares, o Autismo, entre outros.
Sem contar os problemas psiquiátricos ou psicológicos, os problemas mais comuns trazidos aos consultórios de Neurologia são:
- as dores de cabeça (o nome que usamos é “cefaleias”);
- a epilepsia;
- a Doença de Parkinson;
- as demências (das quais a mais conhecida é a Doença de Alzheimer).
Podemos também citar os “derrames” (chamados pelos médicos de “AVC” ou “AVE”), os distúrbios de sono, as doenças das raízes e dos nervos periféricos, entre muitas outras. Além disso, vem crescendo nos últimos anos a procura com queixas relativas à memória, à atenção e à capacidade de aprendizado, embora a maior parte dos casos não tenha paatologias neurológicas.
Entre os medos mais frequentes de quem procura o neurologista estão os de vir a ter algum tumor (câncer) na cabeça, a Doença de Alzheimer, a Doença de Parkinson e os “AVCs”. Um dos maiores receios é o de ficar paralisado, acamado, dependente dos outros para tudo, que são realmente consequências comuns dessas doenças, e que trazem sofrimento importante tanto para a pessoa doente quanto para seus familiares.
Infelizmente, não conhecemos maneiras efetivas de prever ou de evitar o aparecimento da maioria desses problemas, nem como curar ou reverter essas doenças. Cientistas em todo o mundo continuam procurando maneiras de se fazer isso, e talvez daqui a alguns anos ou décadas tenhamos prevenção ou até cura para algumas delas.